A coluna Panorama Político (27) do jornal O Globo (Ilimar Franco)
27.11.20128h00m
Pânico no Planalto
O clima no Planalto é de forte apreensão com os desdobramentos da Operação Porto Seguro. As atividades da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, não são conhecidas. Além disso, ela é considerada uma “despreparada” e não se sabe o que fará se for muito pressionada. A tendência no governo ontem era impedir sua convocação para depor no Congresso.
Rose, a desafeta de Dona Marisa
Os funcionários do Planalto descrevem Rosemary Noronha como “arrogante’ e que usava bordão de madame em reuniões com servidores para preparar idas da presidente Dilma a São Paulo: "aqui, tudo é chique". Para tentar agradar a equipe da presidente Dilma, ela organizava ida às compras em shoppings e na rua 25 de março. Na posse da atual presidente, ela provocou um incidente ao tentar separar os ministros nomeados dos que estavam de partida. A ex-primeira-dama Marisa Letícia não a tolerava. Por isso, quando a lista da comitiva das viagens do ex-presidente Lula passou para as suas mãos, Rose nunca mais subiu a bordo do AeroLula.
“Não se diga em qualquer instância que o país é pego de surpresa pela crise nos municípios. Toda vez que vão desonerando, eles têm menos recursos”
Paulo Paim
Senador (PT-RS)
O novo líder
Integrantes da bancada do PT na Câmara querem antecipar a substituição do líder Jilmar Tatto (SP). Desde que foi nomeado secretário pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, Tatto se dedica mais à formação de sua equipe que a articulação da bancada. Por acordo, seu sucessor será o deputado José Guimarães (PT-CE), na foto.
Bola nas costas
O ministro Luiz Inácio Adams (AGU) sai avariado da Operação Porto Seguro. O adjunto José Weber de Hollanda Alves era de sua estrita confiança. O que mais perturba o Planalto é que Luiz Adams tinha acesso irrestrito à presidente Dilma.
O mensageiro
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) recebeu a tarefa de informar o ex-presidente Lula sobre a decisão da presidente Dilma, de demitir Rosemary do gabinete de São Paulo. Carvalho não simpatizava com a ex-poderosa assessora.
Tensão no PMDB
Considerado o candidato com maior força relativa para assumir a liderança do PMDB no ano que vem, a cúpula do partido está preocupada com a eventual eleieção do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ela se preocupa com a escolha de um líder sem trânsito com o Planalto. A ala que tem contradições com o PT exalta sua coragem para enfrentar o Palácio.
Votação de MP preocupa governo
Os líderes do governo na Câmara alertaram o Planalto que temem pela derrota da MP do Setor Elétrico, que reduz a conta de luz dos consumidores. Argumentam que o lobby das concessionárias de energia é pesado.
Anticlimax
A Operação Porto Seguro estragou a festa. Nestes dias, o governo esperava bater o bumbo com a expansão do Brasil sem Miséria, a entrega de um milhão de casas do Minha Casa, Minha Vida e o anúncio do programa de concessão dos portos.
Comentário de um assessor da presidente Dilma: “A oposição é contra o pai dos pobres (Lula) e a guardiã da moral e dos bons costumes (Dilma)”.
Pânico no Planalto
O clima no Planalto é de forte apreensão com os desdobramentos da Operação Porto Seguro. As atividades da ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, não são conhecidas. Além disso, ela é considerada uma “despreparada” e não se sabe o que fará se for muito pressionada. A tendência no governo ontem era impedir sua convocação para depor no Congresso.
Rose, a desafeta de Dona Marisa
Os funcionários do Planalto descrevem Rosemary Noronha como “arrogante’ e que usava bordão de madame em reuniões com servidores para preparar idas da presidente Dilma a São Paulo: "aqui, tudo é chique". Para tentar agradar a equipe da presidente Dilma, ela organizava ida às compras em shoppings e na rua 25 de março. Na posse da atual presidente, ela provocou um incidente ao tentar separar os ministros nomeados dos que estavam de partida. A ex-primeira-dama Marisa Letícia não a tolerava. Por isso, quando a lista da comitiva das viagens do ex-presidente Lula passou para as suas mãos, Rose nunca mais subiu a bordo do AeroLula.
“Não se diga em qualquer instância que o país é pego de surpresa pela crise nos municípios. Toda vez que vão desonerando, eles têm menos recursos”
Paulo Paim
Senador (PT-RS)
O novo líder
Integrantes da bancada do PT na Câmara querem antecipar a substituição do líder Jilmar Tatto (SP). Desde que foi nomeado secretário pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, Tatto se dedica mais à formação de sua equipe que a articulação da bancada. Por acordo, seu sucessor será o deputado José Guimarães (PT-CE), na foto.
Bola nas costas
O ministro Luiz Inácio Adams (AGU) sai avariado da Operação Porto Seguro. O adjunto José Weber de Hollanda Alves era de sua estrita confiança. O que mais perturba o Planalto é que Luiz Adams tinha acesso irrestrito à presidente Dilma.
O mensageiro
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) recebeu a tarefa de informar o ex-presidente Lula sobre a decisão da presidente Dilma, de demitir Rosemary do gabinete de São Paulo. Carvalho não simpatizava com a ex-poderosa assessora.
Tensão no PMDB
Considerado o candidato com maior força relativa para assumir a liderança do PMDB no ano que vem, a cúpula do partido está preocupada com a eventual eleieção do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ela se preocupa com a escolha de um líder sem trânsito com o Planalto. A ala que tem contradições com o PT exalta sua coragem para enfrentar o Palácio.
Votação de MP preocupa governo
Os líderes do governo na Câmara alertaram o Planalto que temem pela derrota da MP do Setor Elétrico, que reduz a conta de luz dos consumidores. Argumentam que o lobby das concessionárias de energia é pesado.
Anticlimax
A Operação Porto Seguro estragou a festa. Nestes dias, o governo esperava bater o bumbo com a expansão do Brasil sem Miséria, a entrega de um milhão de casas do Minha Casa, Minha Vida e o anúncio do programa de concessão dos portos.
Comentário de um assessor da presidente Dilma: “A oposição é contra o pai dos pobres (Lula) e a guardiã da moral e dos bons costumes (Dilma)”.
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